História Aty Guasu

Tonico Benites-Guarani-Kaiowá e pesquisador da UFRJ

História da invasão do território Guarani Kaiowá

Tekoha Guasu Guarani e Kaiowá, 18 de dezembro de 2012.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

OS FAZENDEIROS COMUNICARAM AO MPF QUE CONTRATAM OS HOMENS SEM ARMAS DE FOGO PARA MONITORAR ÍNDIOS DE ARROIO KORA


A liderança indígena de Arroio Kora comunicou a todas as autoridades que hoje (28/09/2012) às 18:00 os pistoleiros recomeçam a atacar a tiros a comunidade Arroio Kora. Diretamente de Arroio Kora por telefone, as lideranças comunicam: "já faz dois dias que os pistoleiros pararam de atirar, desde antem ontem não atiraram mais sobre nós". Hoje chegaram vários homens de moto e cavalos e se juntaram em frente de nosso acampamento. Depois já recomeçaram atirar nos indígenas, ao anoitecer, às 18:00h se aproximaram e fizeram cerco de uma barraca e atiraram nos moradores da barraca, as famílias dessa barraca correram, até o momento não feriram ninguém".  Mandaram uma mensagem para nós que vão atacar nós a noite e expulsam nós neste final de semana".

“Diante disso lembramo-nos, antem ontem, fomos avisados pela autoridade do MPF que o Luiz Bezerra juntamente com 07  fazendeiros contrataram  vários homens sem armados, ”seguranças particulares contratados não portam as armas de fogo, assim os fazendeiros comunicaram ao MPF”  “Os homens contratados SEM ARMAS somente para monitorar os índios ” REGISTRARAM O FAZENDEIROS NO MPF.

A liderança e comunidade de Arroio Kora, ao saber do fato, comunicam a todos que ,“o Luiz Bezerra negou e mentiu para procurador da República do MPF/Ponta Porã” que “os homens contratados por eles portam as armas sim!, todos os deles tem armas sim!”, eles estão aqui pertinho aqui, portando várias as armas de fogo e atirando sobre nós”.

As comunidades Guarani e Kaiowá de Arroio Kora sabem que o MPF, avisou e alertou de modo repetitivo aos fazendeiros para não usar violências contra nós, mas esses 7 fazendeiros não vai mesmo seguir o conselho do MPF”, por isso mesmo, os pistoleiros contratados estão aqui cercando nos e vão querer expulsar nós”.

Nova informação será postada a qualquer minuto.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Violências históricas narradas pelas lideranças Guarani e Kaiowá no seio do 1º Simpósio de Pós-graduados e Aty Guasu


1º Simpósio de Pós-Graduados e Aty Guasu

Neste item os relatores do 1ºSimpósio de Pós-Graduados e Aty Guasu apresentam os resumos de depoimentos das lideranças de territórios em conflito localizados justamente no município de Paranhos-MS e outros municípios vizinhos/faixa de fronteira Brasil com Paraguai vinculados à jurisdição do MPF/Ponta Porã-MS.

Ao longo das três dias de 1ºSimpósio de pós-graduados e Aty Guasu em Arroio Kora, através de vários depoimentos indígenas idosos, ficaram evidentes que os Guarani-Kaiowa e Ñandeva de atual Cone Sul de Mato Grosso do Sul não assistiram calados e parados à invasão/ocupação/colonização de seus territórios antigos. Pelo contrário, passaram a lutar para sobreviver, ao mesmo tempo, insistem e resistem reiteradamente em retornar aos seus territórios antigos que perduram até hoje. Evidentemente essa luta histórica Guarani e Kaiowá pelos territórios indica que continuará para sempre. É importante destacar que em decorrência de suas resistências e insistências em recuperar uma parte de territórios antigos já sofreram e sofrem ainda as violências diversas praticadas pelos novos ocupantes de territórios indígenas, conhecidos como “os produtores rurais e/ou fazendeiros temidos”. Como ficará claro nos depoimentos traduzidos a seguir.

Na abertura, uma das lideranças idosas de tekoha Arroio Kora narrou violências sofridas mais de 40 anos. Após a expulsão de seu território Arroio Kora-Paranhos-MS.

Lembro que quando eu era criança o meu pai e mãe e meus parentadas foram expulsas daqui de forma violentas, ataque a tiros. Esses fazendeiros que pegaram e ficaram com os nossos territórios aqui são muito bravos mesmos quero registrar isso. Só andavam armados quaisquer coisas espancavam e atiravam nos índios, já são assim violentos desde muito tempo que continuam até hoje. Já faz mais de 20 anos que estamos lutando para recuperar esses nossos territórios Arroio Kora. Os fazendeiros também já fazem mais de 30 anos que atiram sobre nos e judiam-nos até hoje, vocês estão escutando esses tiros disparados pelos pistoleiros, esses tiros comecei a ouvir ainda criança e até hoje continuo ouvindo. Lembro que os fazendeiros falavam para o meu pai quando expulsou se voltasse ia ser morto a tiros. Já faz 14 anos que retornamos aqui, já fomos atacados a tiros várias vezes. Na semana passada recebi uma mensagem que os fazendeiros vão mandar me matar e vai matar meu filho, vai matar todos nos. Eu já estou velhinho demais, já vou morrer mesmo, por isso não vou esperar mais ninguém para retornar ao meu tekoha guasu. Assim, decidimos e por isso voltamos donde o meu pai e minha família foram expulsos pelos fazendeiros. Passei vida inteira sofrendo e recebendo a ameaça de morte, agora chega! Não vou morrer fora desse território, já voltei aqui no centro de nosso tekoha guasu esses fazendeiros bravos já podem vir me matar aqui.”

Uma liderança idosa do território indígena Jaguapiré, uma parte já recuperado, narrou as violências sofridas ao longo de meado da década de 1980.

“No dia 02/03/1985. Os proprietários das fazendas Modelo e Redenção, acompanhados de 23 pistoleiros/jagunços e 03 polícias militar, atacaram a tiros as nossas casas em que estávamos com as crianças e idosos (as) pegaram as crianças jogaram em cima de um caminhão de boi e expulsaram-nos de tekoha Jaguapiré e fomos jogados nas margens da estrada perto da aldeia Limão Verde-Amambai. Assim fomos humilhados e violentados. Eles destruíram e queimaram todas as nossas casas. Os pistoleiros espancaram brutalmente os homens, as mulheres, crianças. Assim, ataque a tiros e expulsões violentas aconteceram três vezes com nós, os espancados e torturados sofrem até hoje, não se recuperam nunca mais”. A liderança lembrou e narrou o fato chorando 

“Os nossos parentes de tekoha Paraguasu/Takuaraty-Paranhos foram expulsos e violentados pelos pistoleiros de modo similar por sete (07) vezes”.

Idosas Guarani e Kaiowá lembraram ainda da atuação dos agentes da FUNAI e POLÍCIA naquela época, isto é, em meado de 1980.

“Naquela época quem pedia a nossa expulsão violentas de nossos tekoha era própria FUNAI, ajudava e apoiava os pistoleiros para fazer a nossa expulsão e judiação. FUNAI falava para nós que nós éramos culpados e errados, não podíamos morar na fazenda, tínhamos que sair rápido mesmo do lugar, senão íamos ser atacado a tiros que ninguém ia nos defender não, assim FUNAI e Polícia falavam para nós. Autoridades da FUNAI ficavam do lado dos fazendeiros.”

Uma liderança atual de Potrero Guasu-Paranhos, relatou também o ataque a tiro violento ocorrido em 2000.

“Em 18/01/2000. Nosso Tekohá Potrero Guasu (Paranhos/MS). Por volta da meia-noite, 50 pistoleiros armados e vestidos com roupas do Exército, invadiram e atacaram a tiros as nossas casas em Potrero Guasu. Eles atacaram-nos a tiros para fazer nossa expulsão. Trinta e cinco casas com todos os pertences de nossas famílias foram incendiadas. Os agressores davam tiros sem parar e espancaram alguns homens, inclusive uma criança saiu ferida a tiros. Mulheres foram estupradas na frente dos maridos amarrados e dos filhos. Os homens indígenas que não conseguiam fugir para o mato foram amarrados e amontoados na carroceria de uma caminhonete e despejados nos arredores da aldeia de Pirajuí, há 20 quilômetros de distância de Potrero Guasu. Na tarde do dia seguinte, os fazendeiros bloquearam a estrada, impedindo o acesso de médicos e do Grupo de Trabalho da Funai. Pelos menos na época a equipe da FUNAI de Dourados e Polícia Federal veio rápido e prendeu alguns pistoleiros. Hoje, FUNAI e Polícia não trabalha mais assim não” . Observou a liderança de Potrero Guasu

Um líder de tekoha Ypo’i se lembrou do ataque a tiros e a morte do Genivaldo Vera e Rolindo Vera, ocorrido também no município de Paranhos-MS

“ A tarde, no dia 31 de Outubro de 2009, segundo dia da reocupação de nosso tekoha Ypo’i, estávamos com as crianças e mulheres já acampado em Ypo’i, fomos atacado a tiros por um conjunto de pistoleiros armados da Fazenda São Luiz. Fomos dispersados a tiros do Ypo’i no momento em que pegaram o Genivaldo e Rolindo Vera , sequestraram e mataram. O Genivaldo foi jogado no córrego e o corpo do Rolindo esconderam. Nós voltamos todos machucados a aldeia Pirajuí. O corpo de Genivaldo foi encontrado uma semana depois, o corpo detonado a tiro, mas corpo do Rolindo Vera não encontramos até hoje. Queremos localizar o corpo de Rolindo Vera, todos os dias a mãe e a esposa e filhos aguardam notícia do Rolindo além de chorar por ele.” Vivo o Rolindo não está não, imagina se um líder Guarani e Kaiowá cair na mão desses pistoleiros e fazendeiros, com certeza foi muito torturado, massacrado e morto de modo cruel, por isso pedimos reiteradamente a punição aos autores e mandante que e o Fermino Escobar da Fazenda São Luiz”

Uma liderança do tekoha Sombrerito, localizada no município de Sete Queda/faixa de fronteira Brasil com Paraguai que há distancia de 40 km de Paranhos-MS, que proferiu a palestra no 1º Simpósio se lembrou do ataque a tiros ocorrido em tekoha Sombrerito no dia 26 de junho de 2005.

“Na manhã do dia 26 de junho de 2005, por volta das 9 horas, o nosso tekoha Sombrerito foi invadida por cerca de 30 homens armados que montados a cavalo e de carro disparam dezenas de tiros contra a nossa comunidade”. “O nosso companheiro Dorival Benites, 26 anos foi atingido com um tiro no peito e morreu na hora”. “Outros três ficaram feridos que continuam até hoje doente. Não sabemos da investigação policial” “Sabemos que os autores e nem mandantes não foram punidos.”
Uma liderança do tekoha Pyelito Kue/Mbarakay, localizada no município de Iguatemi-MS, dista 70 km de Paranhos-MS faixa de fronteira Brasil com Paraguai, narrou o fato de ataque a tiro a comunidade de Pyelito kue, de forma semelhante a outras lideranças.
“Em 09/12/2009. No município de Iguatemi, as nossas casas em que estavam dezenas de crianças e mulheres foram atacados a tiros pelos pistoleiros das fazendas. 10 pessoas foram feridas a tiros e sofreram hematomas e fratura nos corpos, os dois já faleceram recentemente há 6 estão doentes até hoje”

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Resumo de depoimentos das lideranças Guarani e Kaiowá vítimas de violências e decisão definitiva diante disso


Esta nota das lideranças da Aty Guasu e pesquisadores Guarani e Kaiowá visa divulgar e socializar os resumos de depoimentos/narrações dos integrantes Guarani e Kaiowá que foram e são ainda vítimas diretas de violências variadas planejadas e executadas pelos fazendeiros/ocupantes de territórios Guarani e Kaiowá. 

Além disso, é destacar e informar que, durante os três (03) dias, os participantes (pesquisadores indígenas e não indígenas) do 1º Simpósio de pós-graduados e Aty Guasu ouviram vários barulhos de disparos de armas de fogo, vindo da fazenda Porto Domingos do senhor Luiz Bezerra. Os tiros foram lançados pelos pistoleiros/funcionários das fazendas cada três (03) em três (03) horas consecutivamente. Assim, todas as vezes que se ouviam os barulhos de tiros, o palestrante do Simpósio parava e os participantes e comunidades indígenas se dispersavam por 20 minutos e logo depois retornavam e continuavam o s depoimentos e narrações. De fato, este 1º Simpósio mencionado começou-se no dia 20/09/2012, em território Indígena Arroio Kora, de longe se ouviam os sons de instrumentos de ritual religiosos (maraká e takua) associados à reza/canto Guarani e Kaiowá e ao mesmo tempo, pertinho dali, cada duas e três horas, se escutava também os barulhos de tiros de armas de fogo. Hoje, domingo (23/09/2012) às 09h00min quando se encerrou o 1º Simpósio foram ouvidos mais de dez (10) tiros de armas de fogo sobre indígenas de Arroio Kora.

Importa ressaltar que apesar de centenas tiros lançados sobre o local de 1º Simpósio, o objetivo central de simpósio indígena foi alcançado. Visto que a maioria das vítimas de violências praticadas pelos fazendeiros de Cone Sul/fronteira com o Paraguai prestaram depoimentos e narraram em detalhes no seio do 1º Simpósio/Aty Guasu e enfim as lideranças elaboraram um prazo para os fazendeiros a saírem das terras indígenas, uma vez que depois do prazo vencido a decisão definitiva é de reocupar todos os territórios já homologados pelo Governo Federal/Presidente da República.

Esses depoimentos citados dos indígenas idosos (as) evidenciam que todas as comunidades Guarani e Kaiowá que decidiram a recuperar os seus territórios tradicionais sofreram e sofrem ainda as diversas violências de forma similares, mencionamos a seguir. Em geral: 1ª- violências praticadas contra vida das comunidades Guarani e Kaiowá que retornam ao seu território é a ameaça de morte coletivo/genocídio associado ao ataque a tiros dos pistoleiros, queima de casas e pertences, prática de tortura, espancamento, assassinatos e ocultação de cadáver das lideranças entre outros. 2ª- violências praticadas contra a vida dos Guarani e Kaiowá  espancados e torturados são abandonos pelos autores, mandantes e, sobretudo pelos Governos e Justiças. Estes dezenas indígenas Guarani e Kaiowá que foram agredidos, espancados e torturados ficaram doentes e inválidos totalmente em decorrência de violências sofridas. A maioria das vítimas de violências e não recebem nenhum tipo de assistências médicas especializadas e adequadas. 3ª- Uma das violências praticadas contra a vida dos guarani e Kaiowá é não mais utilização dos recursos naturais existentes nos seus territórios tradicionais, isto é, há acesso proibido aos fontes de recursos naturais, tais como: rios, córregos, matas, campo e cerrados entre outros. Os indígenas não podem mais pescar, nem caçar e nem fazer coleta de frutas e plantas medicinais, etc.  Relativo à posse e usufruto exclusivo dos recursos dos territórios indígenas fica evidente que os vários territórios antigos já foram identificados, demarcados e homologados pelo presidente da Republica do Brasil, há anos e décadas, porém os fazendeiros continuam utilizando normal, mas os indígenas não podem usufruir os recursos existentes nos territórios indígenas declarados como território indígena. Esta realidade é uma das graves violências que atingem diretamente a vida dos Guarani e Kaiowá.  Em resumo, diante dessas violências históricas e genocídios evidentes, pedimos indenização de reparação com urgência, assim decidimos cobrar em dinheiros aos fazendeiros que ocupam ainda os nossos territórios tradicionais declarados e homologados pelo ministro da Justiça e Presidente da República. Além disso, estamos planejando um prazo curto, isto é, menos de um (01) anos para os fazendeiros desocuparem os nossos territórios já homologados pelo Presidente da República. É muito claro que esses territórios já são nossos novamente, por isso já decidimos e vamos reocupar os nossos territórios após os esgotamentos dos prazos. Nós como povos Guarani e Kaiowá nativo/autóctones/originários desses territórios que não viemos de outros lugares distantes, somos daqui mesmos, e hoje vemo-nos no caminho de extinção/dizimação física e culturais. De fato estamos sendo ameaçado de extinção todos os dias. Cada dia está sendo ameaçado e morto um indígena de modo cruel, humilhados, ignorados e atacado a tiros, como não fossemos seres humanos desse planeta, por exemplo: que ocorreu durante o 1º Simpósio mencionado, a nossa Aty Guasu não foi protegido pelas instituições do Governo Federal e, por isso fomos atacado e intimidado a tiros, nenhuma autoridade federal não compareceu ao local. Desse modo, sentimos que fomos desrespeitados e ignorados e humilhados como indígenas e, sobretudo como seres humanos. Em decorrência disso, estamos profundamente indignados com os modos que fomos tratados pelos agentes do Governo Federal. Não acreditamos nos termos de que nós Guarani e Kaiowá estariam sendo priorizados pelo Governo Federal. Um pesquisador indígena disse: “O termo/verbo priorizar Guarani e Kaiowá não confere em forma de atuar dos agentes locais das instituições do Governo Federal”. É evidente que tanto pelos fazendeiros quanto pelos poderes do Brasil e da Justiça estamos sendo tratados ainda como não seres humanos. Essa é a verdade constatada por nós nesse contexto atual em Arroio Kora.

Frente ao fato, já sabemos e sentimos claramente que sem esses nossos territórios antigos nós estamos no caminho de extinção/dizimação. Assim, neste 1º Simpósio citado, concluímos em parte que nós Guarani e Kaiowá somos também um dos povos nativos do Planeta/Mundo que estamos no processo sistemático de extinção/dizimação. Essa constatação de extinção física e cultural do povo Guarani e Kaiowá foi apresentada tanto pelas lideranças religiosas da Aty Guasu como pelos pesquisadores Guarani e Kaiowá.  Isso é a nossa justificativa para exigir a política de indenização/ reparação, com urgência, pelo Governo e Justiça Federal e solicitar a devolução imediata de nossos territórios tradicionais pelos fazendeiros, isto é, os fazendeiros que ocupam os nossos territórios homologados tem que retirar as suas fontes de riquezas dos nossos territórios de modo imediatas. Essa é nossa decisão definitiva imutável e inegociável.

Atenciosamente,
Tekoha Guasu Arroio Kora, 23 de setembro de 2012
Comunidade Guarani e Kaiowá de Arroio Kora-Paranhos-MS
Pós-Graduados e pesquisadores Guarani e Kaiowá-MS.
 Lideranças da Aty guasu Guarani e Kaiowá-MS

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sejam bens vindos ao 1º Simpósio de Pós-Graduados e Aty Guasu


A abertura de 1º Simpósio de Pós-Graduados e lideranças de Aty Guasu em território Arroio Kora será após uma noite consecutiva de ritual religioso protetivo jeroky mongarai guarani e kaiowá. O desenvolvimento deste ritual religioso milenar do Guarani e Kaiowá está sendo coordenado por um conjunto de líderes religiosos ñaderu e juntamente com os neófitos.  Um dos rezadores ñanderu explica que, de acordo com a crença Guarani e Kaiowá, este ritual religioso jeroky mongarai é para mantê-los em contato com os seres/almas invisíveis protetores de Guarani e Kaiowá que se encontram no Universo de Cosmo Guarani e Kaiowá. Disse, “vamos evocar e envolver esses parentes-seres protetores ancestrais para intervir nas variadas violências praticadas contra a nossa vida indígena na terra”. Assim, rezadores garantiram que os espíritos maléficos se afastarão do local e somente as pessoas boas e gente de bem intencionada chegarão ao 1º Simpósio. Nesse sentido, vamos recepcionar religiosamente tais pessoas boas evocadas e permitidas pelos poderes dos espíritos ancestrais que chegarão ao Arroio Kora. 

Neste 1º Simpósio já confirmaram as presenças de várias lideranças idosas com a idade de 80 e 90 anos para narrar as suas trajetórias de vida que viram e acompanharam de perto a chegada dos “ karai brancos” nos amplos territórios sul de atual MS, explicitando a expropriação e expulsão de seus territórios tradicionais tekoha guasu. Além disso, serão narrados pelos idosos (as) os tipos de violências utilizadas historicamente, isto é, táticas e ações violentas aplicadas pelos “karai brancos” contra Guarani e Kaiowá para que os abandonassem os seus territórios antigos tekoha guasu.

Sejam bens vindos ao 1º Simpósio de Pós-Graduados e Aty Guasu

domingo, 16 de setembro de 2012

NOTÍCIA DE 1º SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUADO, PESQUISADORES E LIDERANÇAS DA ATY GUASU GUARANI E KAIOWÁ DO MATO GROSSO DO SUL


1º SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUADO, PESQUISADORES E LIDERANÇAS DA ATY GUASU GUARANI E KAIOWÁ DO MATO GROSSO DO SUL.

OBJETIVO E JUSTIFICATIVA DESTE 1º SIMPÓSIO

Este primeiro Simpósio tem por objetivo principal apresentar e analisar pelos próprios atores indígenas as violências praticadas contra a vida dos indígenas nos territórios em conflito. Trata-se, nesse sentido, de descrever e socializar as violências diversas históricas praticadas contra a vida dos Guarani e Kaiowá no processo de reocupação e recuperação dos territórios tradicionais tekoha guasu Guarani e Kaiowá. Portanto, serão apresentadas neste 1º simpósio pelos próprios Guarani e Kaiowá idosos (as) as violências sofridas ao longo das décadas 60, 70, 90, 2000 e 2012, ou melhor, serão relatadas as violências pelas próprias vítimas que conviveram e ainda convivem neste contexto de violências variadas no sul do atual Estado do Mato Grosso do Sul. Dessa forma, as lideranças idosas e os pesquisadores Guarani e Kaiowá pretendem socializar em detalhes as formas que comunidades Guarani e Kaiowá foram expropriadas e expulsas de seus territórios a partir da atuação conjunta de fazendeiros e funcionários do primeiro órgão indigenista nacional. Ao longo da década 60, o conjunto dessas comunidades, na maioria das vezes, foi transferido e confinado para Reserva ou Posto Indígena do Serviço de Proteção aos Índios[1]  .

Como resultantes da luta e resistência indígenas às violências praticadas contra indígenas Guarani e Kaiowá serão apresentada a história e o processo de recuperação de duas dezenas territórios tradicionais já reconhecidos oficialmente pelo Estado Brasileiro, destacando as diferentes situações fundiárias (áreas já reconhecidas e áreas ainda em conflito/litígio).

Durante a noite do Simpósio será realizado os rituais religiosos, rezas e canto para bem viver e paz no Mundo em que será expressa uma concepção indígena bem específica e inteiramente desconhecida dos não indígenas, inclusive dos pesquisadores, antropólogos, historiadores, políticos, os fazendeiros e as autoridades das instituições do Estado brasileiro.

No decorrer deste Simpósio, pretendemos relatar aos pesquisadores e às autoridades participantes quais são as motivações que levaram e ainda levam os Guarani e Kaiowá a retornarem aos antigos territórios tradicionais de onde foram paulatinamente obrigados a sair. Além disso, desejamos destacar as iniciativas de articulação e luta árdua de lideranças e comunidades Guarani e Kaiowá para recuperar e retornar aos territórios antigos tekoha guasu. A reocupação e recuperação dos territórios antigos pelas comunidades indígenas começaram a despontar no final da década de 1970 e no início da década de 1980. As violências variadas, a ameaça de morte, sofrimento marcam a vida dessas lideranças e comunidades envolvidas na luta difícil pelos territórios antigos que também são desconhecidos pelos não indígenas, inclusive pelos pesquisadores, antropólogos, historiadores, políticos as autoridades das instituições do Estado brasileiro que lidam e trabalham com os indígenas Guarani e Kaiowá.

Por fim, os grandes rituais religiosos milenares – jeroky guasu – foram e são fundamentais para a vida Guarani e Kaiowá nos territórios tradicionais que também serão apresentadas ao longo deste 1º simpósio de pós-graduado, pesquisadores e lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul.

PÚBLICO ALVOS: PESQUISADORES DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS, AUTORIDADES FEDERAIS, DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS, INDIGENISTAS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS QUE TRABALHAM COM GUARANI E KAIOWÁ ENTRE OUTROS.

VAGAS ILIMITADAS

VALOR DA INSCRIÇÃO: 40 REAIS E/OU 10 KG DE ITENS DE ALIMENTOS/COMIDAS PARA AS COMUNIDADES GUARANI E KAIOWÁ DOS TERRITÓRIOS EM CONFLITO DO MS.
 INÍCIO DA INSCRIÇÃO: DE 16 A 22 DE SETEMBRO DE 2012.

ORGANIZADORES DO 1º SIMPÓSIO: PESQUISADORES (MESTRANDO E DOTOURANDO), LIDERANÇAS E CONSELHO DA ATY GUASU E GUARANI E KAIOWÁ.

COORDENADORES DESTE 1º SIMPÓSIO GUARANI E KAIOWÁ: MESTRE E DOUTORANDO, EQUIPE DA LÍDERANÇA DE ARROIO KORA E INTEGRANTE DA ARTICULAÇÃO NACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL (APIB).

PARA CONFIRMAR A PARTICIPAÇÃO DO 1º SIMPÓSIO: ENTRE EM CONTATO COM A EQUIPE DA COORDENAÇÃO DO 1º SIMPÓSIO, POR E-MAIL E POR ESTE FACEBOOK ATY GUASU E E-MAILS: tonicobenites2011@hotmail.com,eliseuguarani@bol.com.br, -izaquejoao@gmail.com

AGUARDAMOS UM APOIO VALIOSO, SOLIDARIEDADE A DISTÂNCIA E A PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS (AS) NO 1º SIMPÓSIO GUARANI E KAIOWÁ EM TERRITÓRIO INDÍGENA.

DATA DE REALIZAÇÃO: ENTRE OS DIAS 20 E 22 DE SETEMBRO DE 2012.

LOCAL DO 1º SIMPÓSIO: O TERRITÓRIO TRADICIONAL ARROIO KORA-PARANHOS- MS.

PROGRAMAÇÃO DO 1º SIMPÓSIO DE GUARANI E KAIOWÁ MENCIONADO

20/09/2012- 8:00H A 10:00H ABERTURA: A MESA REDONDA DE AUTORIDADES RELIGIOSAS INDÍGENAS GUARANI E KAIOWÁ E CONSELHO DA ATY GUASU. NARRANDO AS FORMAS DE SAÍDA/EXPULSÃO DOS TERRITÓRIOS ANTIGOS NA DECADA 60 E 70, NA SEQUENCIA A VIDA INSTAVÉL E MÍSERA NAS RESERVAS/ALDEIAS DO SERVIÇO DE PREOTEÇÃO AOS ÍNDIOS. UM DOS MOTIVOS DE RETORNO AO TERRITÓRIO ANTIGO TEKOHA GUASU

10:00 A 12:00 PALESTRAS DE VÁRIOS PESQUISADORES E MESTRES GUARANI E KAIOWÁ: OS SIGNIFICADO VITAIS DOS TERRITÓRIOS TRADICIONAIS NA VISÃO E TRADIÇÃO DO GUARANI E KAIOWÁ. O “SIGNIFICADOS DE LUTAR E MORRER PELA TERRA, MATAR JAMAIS”.

TARDE:

13:30 A 17:30- MESA REDONDA DE HOMENS, MULHERES E JOVENS GUARANI E KAIOWÁ SOBRE AS VIOLÊNCIAS HISTÓRICAS PRATICADAS CONTRA A VIDA GUARANI E KAIOWÁ EM TODOS OS TERRITÓRIOS REOCUPADOS.

DESTACANDO A LUTA ÁRDUA PARA SOBREVIVER EM TERRITÓRIO EM CONFLITO CERCADO PELAS PESSOAS “BRANCAS” KARAI ARMADAS DAS FAZENDAS.

21/09/2012-8:00 H A 12:00 -MESA REDONDA DA EQUIPE JURÍDICA DA ATY GUASU, AS DIFICULDADES DE SE EFETIVAR OS DIREITOS INDÍGENAS JÁ GARANTIDOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E NA OIT (169) EM TERRITÓRIOS EM CONFLITO, ABRANGENDO A ÁREAS D EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA, SAÚDE, SEGURANÇA, ETC. - E AMEAÇA DE MORTE DE LIDERANÇAS DA ATY GUASU POR LUTAREM PELA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS INDÍGENAS.

TARDE: 13:00 A 17:30- MESA REDONDA DE HOMENS, MULHERES JOVENS INDÍGENAS QUE REOCUPARAM OS TERRITÓRIOS ANTIGOS E VIRAM O ATAQUE E MORTE DE SUAS LIDERANÇAS, NARRANDO EM DETALHES A FORMA DE ATAQUE CRUEL DOS PISTOLEIROS E TRAUMA DEIXADA NOS MEMBROS JOVENS GUARANI E KAIOWÁ.

22/09/2012-8:00 A 12:00- MESA REDONDA DE HOMENS, MULHERES E JOVENS QUE SOFRERAM DIRETAMENTE AS VIOLÊNCIAS VARIADAS, TAIS COMO: FERIMENTO A TIROS, ESPANCAMENTO E TORTURA, SEQUELA DEIXADA NA VIDA DAS VÍTIMAS.

TARDE: 13:30 A 17:30-MESA REDONDA DE HOMENS, MULHERES E JOVENS INDÍGENAS QUE PERDERAM O PAI, MÃE E AVÔS NOS CONFLITOS PELOS TERRITORIOS- LISTAS DE LIDERANÇAS GUARANI E KAIOWÁ ASSASSINADAS PELOS PISTOLEIROS DAS FAZENDAS DO CONE SUL DE MATO GROSSO DO SUL.

ENCERRAMENTO E ENCAMINHAMENTO
OBS: TODOS OS PARTICIPANTES RECEBERÃO O CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO.

[1]   Entre 1915 e 1928 foram criados oito P.I.s no atual estado do Mato Grosso do Sul entre os Guarani e os Kaiowá. São eles os P.I.s de Dourados; Caarapó; Pirajuí, Sassoró; Porto Lindo; Taquapiri; Limão Verde; Amambai.

sábado, 15 de setembro de 2012

Nota/Informativo das lideranças de Arroio Kora e Conselhos da Aty Guasu Guarani e Kaiowá sobre a INDENIZAÇÃO


Nota/carta das lideranças de Arroio Kora e Conselhos da Aty Guasu Guarani e Kaiowá

Objetivo desta nota é explicitar a atuação firme dos grandes-famosos fazendeiros ricos para não receber a indenização do Governo Federal, procurando a bloquear todos os avanços de trabalhos legais que exigem para se efetuar uma indenização aos ocupantes dos territórios indígenas.

É importante destacar que os pequenos fazendeiros e sitiantes que ainda ocupam os territórios indígenas já reconhecidos e homologados pelo Ministro da Justiça e Presidente da República precisam correr atrás da indenização junto ao Governo Federal. Dessa forma, eles vão receber a indenização sim e certamente não vão perder nada. Em nosso entendimento, de fato o que atrapalha tudo quando os grandes fazendeiros ricos que não precisam de indenização recorrem à Justiça pedindo o bloqueio de estudo e trabalho de indenização realizada legalmente pelo Governo Federal. Tal ação de suspensão de trabalho do Governo Federal solicitada pelos grandes fazendeiros realmente atrapalha tudo. É sabido que diante do atrapalho/travado gerado pelos grandes fazendeiros ricos através da Justiça dificultam e constrangem tanto a vida dos indígenas Guarani e Kaiowá quanto os pequenos fazendeiros e sitiantes, como observa o prefeito de Paranhos-MS na entrevista cedida à imprensa Mídia Max/MS no dia 14 de setembro de 2012. A nossa posição sobre a indenização em boa parte é similar ao prefeito de prefeito entrevistado. Entendemos que a demora da Justiça de julgar o caso de posse definitivo dos territórios indígenas em foco só massacra e violenta a vida dos indígenas e dos pobres “brancos” necessitados. Enquanto para os grandes fazendeiros ricos a paralisação do caso na Justiça por vários anos e década é importante, visto que eles são muitos ricos e ficam cada vez mais ricos e ricos.  

No que diz respeito ao caso de julgamento do caso de disputa pela posse territorial e o tempo em que a Justiça vai se manifestar ninguém sabe, este é fato preocupante.

Nas nossas percepções indígenas, os nossos territórios antigos reivindicados em pauta há década, já foram estudados por vários anos e comprovados através de metodologia científica e por fim já foi reconhecido pelo Ministro da Justiça e homologado pelo Presidente da Republica. Sabemos que o Governo Federal iniciou o estudo para indenizar os ocupantes dos territórios indígenas, porém foi bloqueado e não tem avançado por conta do pedido dos grandes fazendeiros ricos. Assim, é essencial se destacar que não é culpa totalmente do Governo Federal, mas sim desses grandes fazendeiros ricos que bloquearam a indenização em foco. Neste sentido, não há mais nenhuma dúvida, os territórios pertencem legalmente aos indígenas, conforme a Constituição Federal da República- CF/88 art. 231 e 132..., que, os ocupantes ou fazendeiros conscientes dos territórios indígenas precisam buscar a indenização junto ao Governo Federal, uma vez que os territórios demarcados e homologados serão reocupados progressivamente pelos indígenas.

Atenciosamente,
Território Tradicional Tekoha Guasu Arroio Kora, 15 de setembro de 2012.
Lideranças de Tekoha Guasu Arroio Kora e conselho da Aty Guasu Guarani e Kaiowá

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

NOTÍCIA DE NOVO ATAQUE DE ARROIO KORA, OS PISTOLEIROS RECOMEÇARAM OS TIROS SOBRE ARROIO KORA HOJE 14 DE SETEMBRO DE 2012

NOTÍCIA DE NOVO ATAQUE DE ARROIO KORA, OS PISTOLEIROS RECOMEÇARAM OS TIROS SOBRE ARROIO KORA HOJE 14 DE SETEMBRO DE 2012 A liderança Guarani-kaiowá ligou de modo desesperado, às 19:00, contou que 1º ataque: hoje às 14:00 os 3 crianças- jovens indígenas (1 com 12 anos de idade-1 com 8 anos e 1 com 6 anos de idade) que estavam pescando na lagoa próximo a area em conflito foram atacados pelos 7 pessoas armados e disparam vários tiros sobre as crianças que correram da lagoa. 2ª- ocorreu vários diaparos de armas sobre o acampamento que começo às 18:40, as comunidades contaram que até o momento, 40 tiros de grosso calibre.... 

Os atiradores/pistoleiros estão se instalando no local em que morreram, no dia 11/09/2012, duas pessoas integrantes dos atiradores/pistoleiros. A liderança e comunidades indígenas Arroio Kora pediram nós para repassar essa denúncia às autoridades federais competentes para que seja tomada providencia cabível e com urgência. A preocupação das comunidades indígenas que no final de semana eles atacam a tiros com mais frequente, parecem que os pitoleiros sabem que os órgão publicos federais não trabalham, destaca a liderança indígena de Arroio Kora.

Informativo direto das lideranças religiosas de Arroio Kora-Paranhos-MS, baseado na religiosidade milenar do Guarani Kaiowá


Último informativo direto das lideranças  religiosas de Arroio Kora- Paranhos-MS, com a base na religiosidade e crença milenar do Guarani e Kaiowá

“ Desde 11 de setembro às 15:00  no  momento  em  que  começaram  brigas a tiros entre os capangas do Luiz Bezerra, na sequencia se  feriram e se  mataram  os três pistoleiros,  os tiros  cotidianos sobre nós aqui  diminuíram um poucos,  hoje  ouvimos só  2  barulhos de tiros ” informaram as lideranças.  “ Hoje, vimos dois  pistoleiros circulando pela redondeza  de nossas barracas.  “ somente os três  eram extremamente atiradores temidos que atiravam  sem compaixão sobre nós, eles não  paravam  de fazer tiros  desde 07 de setembro de 2012.  Um dos líderes espirituais ( pajé) narrou de modo religioso guarani-kaiowá que começaram a  fazer  ritual protetivo e  rezar muito contra os espíritos maléficos dominante, evocando  a intervenção da justiça divina  Tupã, conforme a  religião , fé e crença indígenas . Os rituais e rezas protetivas  das almas das crianças  guarani-kaiowá começaram integralmente  desde 7 de setembro e continua  acontecendo.  Um dos Xamãs Guarani e kaiowá especialista em evocação divina milenar  explicou que há várias rezas protetivas dos guarani-kaiowá quando  os indígenas se encontram em  iminente perigos, por exemplo:  atacado a tiros , no momento em que  são evocados religiosamente  os seres espirituais invisíveis  para  reprimir em as pessoas perigosas  contra a vida dos indígenas que funcionam em nível invisível, através das rezas, rituais, etc . Explicou que “  de fato o que deveriam acontecer com os indígenas acabam acontecendo com quem pensam em fazer  nos índios”,  devolvendo as atos truculentos e mente ruim às mesmas pessoas que pensam  em fazer com outras pessoas, assim  os  autores  praticante de violências  praticam  consigo mesmo . Explicou lideranças religiosas.  É importante se notar que  “quem pensar  em  atacar e matar os indígenas  correm iminente risco de acontecer  algo ruim com  essa pessoa” disse Pajé. “ Esses  3 pistoleiros  que atacavam  a tiros a comunidade de Arroio Kora por  exemplo , de tanto querem maltratar, matar as crianças, idosas guarani-kaiowá  acabaram se matando e assim vão continuar acontecendo com qualquer pessoa que querem atacar e matar   nós indígenas guarani-kaiowá, intervenção da justiça divina Guarani-Kaiowá  dos  Cosmos “  , garantiram lideranças  religiosas”

Dois são mortos em Fazenda Porto Domingo- Paranhos, entre eles irmão de candidato a vice-prefeito

Nicholas Vasconcelos


Devanir Viaro, 40 anos, irmão do candidato a vice-prefeito de Paranhos e presidente da Câmara de Vereadores, Donizete Viaro, foi morto a tiros nesta terça-feira (11) em uma fazenda a 30 quilômetros da sede do município. Além dele, Jorge Ilário Achucarro Romã, 50 anos , que também estava na fazenda, foi morto, ambos com disparos de revólver calibre 38.
O autor do duplo assassinato foi identificado como Carmo Castorino Machado, 50 anos. Ele foi preso em flagrante e levado para a Polícia Civil do município. Ele deve ser transferido para a cadeia de Sete Quedas.
De acordo com a Polícia Civil, os três estavam na fazenda Porto Domingos, que pertence a um produtor rural de Iguatemi, quando teriam se desentendido por conta de um cavalo.
Embora o crime tenha ocorrido próximo ao acampamento dos índios guarani-kaiowá, a Polícia descarta a ligação das mortes a ocupação das terras.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

OS PISTOLEIROS QUE ATACAVAM A TIRO OS INDÍGENAS DE ARROIO KORA SE MATARAM ENTRE ELES

ÚLTIMA NOTÍCIA DIRETA DE TERRITÓRIO INDÍGENA ARROIO KORA.LÍDERANÇA INDÍGENA GUARANI-KAIOWÁ,POR VOLTA DAS 15:30, COMO DE SEMPRE,COMUNICOU QUE AS COMUNIDADES OUVIRAM VÁRIOS DISPAROS DE ARMAS DE FOGO ENTORNO DE TERRITÓRIO REOCUPADO ARROIO KORA, AGORA POUCOS, OS INDÍGENAS FICARAM SABENDO ATRAVÉS DE NOTÍCIA LOCAL QUE OS HOMENS OU PISTOLEIROS DO FAMOSO FAZENDEIRO LUIZ BEZERRA DA FAZENDA PORTOS DOMINGO SE FERIRAM A TIRO OU MELHOR SE MATARAM, PISTOLEIROS CONTRA PSITOLEIROS. ESTE FATO LEMBRA DA FRASE " QUEM FERE COM FERRO E COM FERRO SERÁ FERRADO OU QUEM ATACA COM  TIRO/BALA COM A BALA SERÁ ATACADA.. ACOMPANHE A NOTÍCIA DESSES PISTOLEIROS NA MÍDIA LOCAL DO MS.LEGO RETORNAMOS COM A NOVA NOTÍCIA DE ARROIO KORA

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

UM AVIÃO ESTÁ SOBREVOANDO TERRITÓRIO EM CONFLITO POTRERO GUASU E PISTOLEIROS FAZEM CERCO


Última notícia de comunidade Guarani e Kaiowá do território POTRERO GUASU-PARANHOS-MS-faixa de fronteira Brasil com Paraguai. Uma liderança Guarani comunicou que desde ontem, “um avião está sobrevoando o território em conflito Potrero Guasu, passou bem baixinho em cima de Potrero Guasu, duas vezes, fez volta e foi para lado do Paraguai”.  “A nossa aldeia Potrero Guasu  e todas as estradas da fronteiras estão cercado de pistoleiros”. “Parece que os pistoleiros receberam uma ordem para cercar e dominar nós, táticas está sendo via aérea e terrestre.”  “Por aqui não compareceram nenhuma autoridade brasileira, mas os pistoleiros estão chegando  mais cada dia, aumentando”. “Recebemos informações dos pistoleiros que nesta faixa de fronteira que eles que são autoridades máximas, eles que manda”.  “Nós comunidade Guarani-Kaiowá já passamos em parte acreditar nas informações dos pistoleiros”. “Uma vez que, nessa fronteira os pistoleiros que manda e faz o que quiser”.

“Na ausência de autoridades federais brasileira, nós povos Guarani e Kaiowá  estamos nessa faixa de fronteira, representando as autoridades federais, encarando as ações de pistoleiros dia e noite, estamos aqui na fronteira  lutando e resistindo para defender os nossos territórios, “ não vamos correr não!”  vivo ou morto estaremos aqui em Potrero Guasu até que alguns dias cheguem as autoridades federais para ver nós”.